Estamos vivendo um tempo bem difícil, em que além de lidarmos com a falta de liberdade, privados de irmos e virmos, enclausurados em nossas casas devido a um vírus invisível que está lá fora, somos divididos mais uma vez pela forma de pensar e lidar com o problema.
Recentemente uma decisão do STF impediu que templos religiosos pudessem manter os seus cultos normais, delegando a governadores e prefeitos, muitas vezes incrédulos, a decisão de ter ou não cultos em suas localidades, uma afronta total e direta a Constituição Federal, Carta Magna que os ministros juraram preservar e proteger como guardiões.
A Lei maior de nossa nação, a Constituição Federal promulgada em 1988, em que por ela muitos brasileiros deram seu sangue, está sendo vilipendiada mais uma vez.
Todos nós sabemos que o vírus é real, mata de verdade, destrói famílias, mas jamais podemos dizer que são nas igrejas que esse vírus mais é proliferado. É um verdadeiro ataque e afronta afirmar que as igrejas são as grandes causadoras disso, quando se esquecem que a população sofre nos ônibus, metrôs e trens extremamente lotados e sem qualquer proteção.
Famílias inteiras desesperadas, perdendo seus empregos, sua renda, sua dignidade, sendo humilhadas e deixadas de lado, impedidas de sua própria liberdade, algo tão caro e precioso em toda a história da humanidade.
Pois bem, os templos podem estar nesse exato momento fechados, mas as igrejas, a noiva de Cristo, aquela desejada por Deus não está fechada, nunca esteve e jamais estará. As igrejas estão abertas, as
Cartas Vivas estão por aí (2 Co. 3:2), andando, orando e clamando por todos os lugares, em suas casas, nos metrôs, em frente aos hospitais, nas ruas, nas praças, onde houver um perdido, uma ovelha necessitada, ali estará uma igreja, um embaixador dos céus (2 Co. 5:20) a levar as boas novas de salvação (At. 13:32).
Um texto que me faz refletir muito, escrito por Bertolt Brecht no século passado, diz assim: “Primeiro levaram os negros, mas não me importei com isso, eu não era negro. Em seguida levaram alguns operários, mas não me importei com isso, eu também não era operário. Depois prenderam os miseráveis, mas não me importei com isso, porque eu não sou miserável. Depois agarraram uns desempregados, mas como tenho meu emprego, também não me importei. Agora estão me levando, mas já é tarde. Como eu não me importei com ninguém, ninguém se importa comigo.” Fica a pergunta: com quem você tem se importado?
Assim como escrevi em meu penúltimo post "Afinal, quem são os outros?", que possamos nos importar com as pessoas e com a dor do outro, mesmo que não compreendamos em plenitude, pessoas estão sofrendo nesse tempo, empresas geracionais falindo, famílias sendo desfeitas, o ser humano mais do que nunca precisa de Deus, do amor, do verdadeiro amor que só Jesus Cristo pode dar. Em breve Ele enxugará dos nossos olhos toda a lágrima (Ap. 21:4), em muito breve Ele estará dançando conosco (Sf. 3:17), enquanto isso, vamos amar as pessoas, orar e clamar, estender as mãos e interceder em prol do Brasil e do mundo. Clamar por cura por todas as nações (1 Tm. 2:1-5). Os templos podem estar fechados momentaneamente, mas as igrejas estão abertas permanentemente, onde estiver um cristão com fé, ali se faz presente o poder de Deus. Que possamos nos unir, sermos um, pois essa foi a oração que Jesus fez: “Para que todos sejam um, como tu, ó Pai, o és em mim, e eu em ti; que também eles sejam um em nós, para que o mundo creia que tu me enviaste.” (Jo. 17:21).
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