Eu não sei você, mas a questão em que eu mais debato com Deus e discuto com Ele é justamente sobre o meu chamado e sobre a escolha dEle em ter me comissionado. Eu me acho tão inapropriado, tão inadequado, tão incapaz de exercer e carregar a presença dEle que muitas vezes chego a questionar se Ele não errou pela primeira vez na história ao me escolher.
Algumas vezes conversando com Deus, Ele me faz o seguinte questionamento: “ - Moisés, alguma vez eu errei na história? Eu respondo um enfático não. Ele questiona se alguma vez Ele errou para com alguém ou em alguma situação em toda a humanidade e eu continuo a responder enfaticamente que não. Ele continua a me questionar: - Então, por qual razão você acha que Eu erraria justamente ao chamar e escolher você?”. Após isso eu realmente fico sem palavras e preciso confiar nEle, confiar que Deus não erra e crer que mesmo que eu não consiga entender agora, pela fé, lá na frente, eu vou compreender tudo um dia.
Passa o tempo, os meses, lá na frente estou eu de novo com esses mesmos questionamentos se Deus não errou pelo menos uma única vez em toda a história ao me chamar e escolher para fazer coisas tão sérias e importantes como anunciar a mensagem dEle e ser responsável pela manifestação dEle na terra como um embaixador do Reino (2 Co. 5:20). Outras vezes Deus me faz refletir e me traz à memória a vida dos apóstolos, a vida de Paulo, o chamado deles, a vida de Moisés, de Davi, as dúvidas que eles passaram, os questionamentos que se fizeram, as coisas que eles enfrentaram, os medos, as aflições e as percepções de suas próprias imperfeições ao entenderem que Deus colocou verdadeiros tesouros de ouro em potes de barro (2 Co. 4:7), guardou o que existe de melhor no universo (O Espírito Santo) dentro de seres tão fracos e frágeis como nós [(seres humanos) 2 Co. 1:22)].
Quantas vezes esses grandes homens erraram, quantas vezes eles falharam, quantas vezes nós mesmos caímos, quantas vezes tropeçamos, seja em palavras ou em atos, mas apesar de tudo isso, Deus continua fiel, mesmo que sejamos infiéis para com Ele, Ele permanece fiel para conosco (2 Tm. 2:13), o Seu amor e fidelidade é tão grande que chega a ser maior e superar toda a infidelidade da raça humana (Sl 36:5).
Tudo isso me constrange muito sabe, toda essa fidelidade de Deus, todo esse amor dEle, toda essa preocupação dEle para conosco, a insistência que Ele tem em nós, a preocupação dEle, Ele simplesmente não desiste de nós, erramos tanto, falhamos tanto, ofendemos a Deus com mentiras, com desobediências, com rebeldias, com reclamações e murmúrios, mas Ele está sempre lá de braços abertos nos esperando, não com uma vara ou cinto na mão para nos bater e castigar, mas com os braços abertos, cheio de amor para nos abraçar e amar, com um lindo sorriso no rosto e lágrimas nos olhos por ter a certeza que o nosso relacionamento com Ele pode demorar, mas é inabalável (2 Pe. 3:9).
Deus é paciente, amoroso, compassivo, misericordioso, cheio de amor, grande é a sua fidelidade (Êx. 34:6), cada dia que passa eu entendo mais quando João Batista diz que não era digno nem de desamarrar as correias das Suas sandálias (Mc. 1:7), esse Deus que tanto nos ama, que faz de tudo por nós, que chora as nossas lágrimas, que sofre as nossas perdas, que carrega as nossas marcas, que sente a nossa dor (Hb. 4:15).
Muito mais teria para dizer sobre essa fidelidade de Deus para conosco, mas te convido e encorajo a permanecer fiel a Deus independente das circunstâncias que você esteja passando nesse momento. Creia que os que semeiam com lágrimas, com júbilo colherão (Sl. 126:5).
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